31 janeiro 2012

Congonhas e Ouro Preto perderam, mas o Caraça ganhou


Santuário do Caraça, em Catas Altas, local histórico e com atrações naturais próximo de BH
Seis das sete maravilhas da Estrada Real são mineiras. As principais atrações do antigo caminho, aberto há mais de 300 anos pela coroa portuguesa em cidades de Minas, Rio de Janeiro e São Paulo, foram anunciadas segunda-feira, dia 30, depois de quatro meses de consulta popular. Com mais de 40 mil votos, foram eleitas como destaque do circuito as belezas de Cachoeira do Tabuleiro, em Conceição do Mato Dentro; Gruta da Lapinha, em Lagoa Santa; Praça Minas Gerais, em Mariana; Santuário do Caraça, em Catas Altas; Teatro Municipal, em Sabará; Parque Nacional da Serra do Cipó, que compreende Jaboticatubas, Itambé do Mato Dentro, Morro do Pilar e Santana do Riacho; e o Santuário Nacional de Nossa Senhora Aparecida, na cidade paulista de Aparecida.

O concurso foi organizado pelo Instituto Estrada Real (IER), ligado à Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais (Fiemg), com o objetivo de divulgar detalhes e belezas menos conhecidas do circuito.

"Vários turistas visitam os municípios, mas, às vezes, não se identificam com a Estrada Real. Por isso, fizemos uma difícil seleção prévia de 21 atrações de Minas, Rio de Janeiro e São Paulo para chegarmos às sete maravilhas. Nossa intenção é mostrar que no caminho das 199 cidades da Estrada Real, com 80 mil quilômetros quadrados de área, há uma série de atrações naturais e culturais”, explica o diretor-geral do instituto, Baques Sanna.

Além das sete maravilhas eleitas na consulta popular, participaram do concurso, em Minas, as igrejas de São Francisco e do Pilar, em Ouro Preto; a Igreja Santo Antônio e a Maria Fumaça, em Tiradentes; a Basílica Bom Senhor do Matosinhos e os Passos da Paixão de Cristo, em Congonhas; o Caminho dos Escravos e o Mercado Velho, em Diamantina; a Fazenda da Pedra, em Santana dos Montes; o Parque Estadual do Ibitipoca, em Lima Duarte; o bicame de pedra, em Catas Altas; o Parque das Águas, em Caxambu; e a Pedra Pintada, em Barão de Cocais. No Rio de Janeiro, foram selecionadas para participar da eleição o Prédio do Museu Imperial, em Petrópolis; e o Sítio Histórico Ecológico do Caminho do Ouro, em Paraty.

Acesse institutoestradareal.com.br e conheça detalhes das atrações vitoriosas.

Informações Jornal Estado de Minas edição do dia 31 de janeiro de 2012

27 janeiro 2012

Ô TREM BÃO SÔ

Ilustração de Marcelo Lélis, no livro Cidades Ilustradas, 2005
A Estrada Real, principal caminho entre Minas e o mar, passa por 177 cidades em 1600 quilômetros e, até terça-feira, dia 31, você pode escolher as 7 maravilhas da Estrada Real entre 21 opções pelo institutoestradareal.com.br

Segundo o diretor-geral do IER, Baques Sanna, “a escolha das 7 maravilhas é uma estratégia para divulgar as belezas menos conhecidas do destino turístico e lembrar o turista das já inúmeras cidades históricas do trajeto”.

Entre as 21 opções, o internauta pode escolher a Basílica Bom Senhor do Matosinhos e os Passos da Paixão de Cristo, em Congonhas, a Igreja de Santo Antônio, em Tiradentes, a Fazenda da Pedra, em Santana dos Montes, o Santuário do Caraça e o Bicame de Pedra, as duas maravilhas em Catas Altas, próximo de Santa Bárbara e a praça Minas Gerais, em Mariana.

Abaixo, a lista completa:
  1. Basílica Bom Senhor do Matosinhos e os Passos da Paixão de Cristo, Congonhas
  2. Igreja São Francisco, Ouro Preto
  3. Igreja Santo Antônio, Tiradentes
  4. Igreja do Pilar, Ouro Preto
  5. Teatro de Sabará, Sabará
  6. Praça Minas Gerais ,Mariana
  7. Santuário do Caraça, Catas Altas
  8. Prédio do Museu Imperial, Petrópolis
  9. Caminho dos escravos, Diamantina
  10. Sítio Histórico Ecológico do Caminho do Ouro, Paraty
  11. Fazenda da Pedra, Santana dos Montes
  12. Parque Nacional da Serra do Cipó, Serra do Cipó
  13. Parque Estadual do Ibitipoca, Lima Duarte
  14. Maria Fumaça de Tiradentes
  15. Cachoeira do Tabuleiro, Distrito de Tabuleiro
  16. Bicame de Pedra, Catas Altas
  17. Santuário da Aparecida do Norte, Aparecida
  18. Parque das Águas de Caxambu, Caxambu
  19. Gruta da Lapinha, Lagoa Santa
  20. Mercado Velho, Diamantina
  21. E A Pedra Pintada, Barão de Cocais

17 janeiro 2012

E se Eduardo e Mônica fossem jornalistas?

Internauta, sou jornalista (novidade né???), e estou seguindo (or follow up) o tuíter do Dudu Rangel (blog Desilusões Perdidas), sensancional. Várias sacadas incríveis, como a abaixo. Uma brincadeira com a belíssima música da Legião Urbana (fã mesmo faz referência feminina), Eduardo e Mônica (pra mim uma das mais importantes).
Eduardo e Mônica (versão para jornalistas)

Quem um dia irá dizer
Que existe razão
Quando se escolhe essa profissão?
E quem irá dizer
Que não existe razão?

Eduardo abriu o livro, mas não quis nem estudar
As teorias que os mestres deram
Enquanto a Mônica tomava um esporro do editor
No fechamento, como eles disseram.

Eduardo e Mônica um dia se trombaram sem querer
A fumaça tava forte, foi difícil de se ver
Um carinha da facul do Eduardo que disse
“Tem uma festa legal, e a gente quer se divertir”
Gente estranha, festa de jornalista
“Eu não tô legal, já fumei mais que devia”
E a Mônica riu e quis saber um pouco mais
Sobre o mundinho que ele prometeu mudar
E o Eduardo, com larica, só pensava em ir pra casa
“A geladeira eu quero atacar”.

Eduardo e Mônica trocaram seus e-mails
Depois se escreveram e decidiram tuitar
O Eduardo sugeriu um call no Skype
Mas a Mônica queria ir pro Messenger teclar
Se encontraram ainda lá no tal de Orkut
A Mônica sem foto e o Eduardo sem cabelo
O Eduardo achou estranho e melhor não comentar
Mas a menina escrevia com um zelo.

Eduardo e Mônica eram nada parecidos
Ele tinha ilusão, ela sabia economês
Ela falava de finanças, cedebês e inflação
E ele ainda maltratava o português
Ela gostava do Basile, do Furtado
Do Marx, do Stiglitz, do Yunus e Cournot
E o Eduardo era um puta Zé Ruela
E vivia dia e noite vendo site pornô.

Ela falava coisas sobre a função social
Também de lead e do pescoção
E o Eduardo ainda tava no esquema
Adorno, cerveja, truco e Enecom.

E mesmo com tudo diferente
Veio mesmo de repente
Uma vontade de se ver
Os dois sonhavam transar todo dia
Só que dela a rotina era bem de foder (er-er).

Eduardo e Mônica estudaram locução, assessoria
Web, fotografia, pro CV melhorar
A Mônica explicava pro Eduardo
Coisas sobre fontes, off e formas de apurar.

Ele aprendeu a escrever, pegou o gosto por ler
E decidiu estagiar (não!)
E ela até chorou na primeira vez
Que ouviu a voz dele ir pro ar
E os dois já trabalharam juntos
E cobriram pautas juntos, muitas vezes depois
E todo mundo diz que a vida foi malucamente bela
Por ter juntado os dois.

Construíram os seus blogs uns seis meses atrás
Logo após que os passaralhos vieram
Batalharam frilas, mendigaram geral
Por muito pouco o fiofó não deram.

Eduardo e Mônica viraram assessores
Levantaram uma grana, já fizeram prestação...
Só que a vida dura não vai acabar
Porque na agência tem perrengue e a mesma ralação.

E quem um dia irá dizer
Que existe razão
Quando se escolhe essa profissão?
E quem irá dizer
Que não existe razão? 


05 janeiro 2012

Após a tragédia das águas...vale a pena ler


Olá, volto aqui e agora pra reproduzir isto mesmo, texto publicado em inúmeros blogs e jornais do país, mas eu li no Estado de Minas, edição do dia 28 de dezembro, página 2, na página Opinião.
Inclusive, li no Papo de Redação da Rádio Educativa 97,5 FM de Congonhas, no dia 30 de dezembro de 2011. Depois posto o áudio.

Escritor, autor de ‘A arte de semear estrelas’

Rio - Finda o ano, inicia-se o novo. No íntimo, o propósito de “daqui pra frente, tudo vai ser diferente”... Começar de novo. Será?

Atribui-se a Gandhi esta lista dos Sete Pecados Sociais:
1) Prazeres sem escrúpulos;
2) Riqueza sem trabalho;
3) Comércio sem moral;
4) Conhecimento sem sabedoria;
5) Ciência sem humanismo;
6) Política sem idealismo;
7) Religião sem amor.
E agora, José? No mundo em que vivemos, quanta esbórnia, corrupção, nepotismo, ciência e tecnologia para fins bélicos, práticas religiosas fundamentalistas, arrogantes e extorsivas!
Os ídolos atuais, que pautam o comportamento coletivo, quase nada têm do altruísmo dos mestres espirituais, dos revolucionários sociais, do humanismo de cientistas como os dois Albert, o Einstein e o Schweitzer. Hoje, predominam as celebridades do cinema e da TV, as cantoras exóticas, os desportistas biliardários.

Uma parcela da juventude se afunda nas drogas, na busca virtual de um ‘esplendor’ que a realidade não lhe oferece. São crianças e jovens deseducados para a solidariedade, a compaixão, o respeito aos pobres. Uma geração desprovida de utopia e sonhos libertários.
A australiana Bronnie Ware trabalhou com doentes terminais. A partir do que viu e ouviu, elencou os cinco principais arrependimentos de pessoas moribundas:

1) Gostaria de ter tido a coragem de viver uma vida verdadeira para mim, e não a que os outros esperavam de mim;
2) Gostaria de não ter trabalhado tanto;
3) Gostaria de ter tido a oportunidade de expressar meus sentimentos;
4) Gostaria de ter tido mais contato com meus amigos;
5) Gostaria de ter tido a coragem de me dar o direito de ser feliz.

E nós, que ainda não estamos moribundos, de que gostaríamos de não nos arrepender?